segunda-feira, 20 de junho de 2016

Como recomeçar?

Não consigo escrever tanto quanto eu gostaria nesse blog, por sempre relembrar do passado. As pessoas falam que escrever é bom, que faz bem contar sua história aos outros para ajudar a superar. Ainda não consegui. Nem um, nem outro.

Já aconteceram várias coisas desde que criei o blog e sempre penso em vir aqui para registrar a novidade, mas realmente, acabo presa em mim mesma. Às vezes, penso que ao escrever aqui, eu posso ficar mais tranquila e esquecer de tudo. Não é tão fácil. Quando eu conto uma história que já passou à alguém consigo viver aquilo tudo denovo. E é isso o que acontece, também, ao escrever aqui.

Os dilemas mais recente são: fazer uma nova cirurgia ou não (stent deformado pela 3ª vez, em mais de um lugar)? Procurar por mais médicos ou não? Enterrar toda a história ou ao menos, até terminar o blog? É difícil enterrar quando se tem uma meia 3/4 para vestir todo dia... Mimimi, eu sei! ;) O que eu não sei é no que eu mudei desde então. Uma tristeza que surge sem motivo e uma vontadezinha de procurar ajuda, mas que não passa disso.

Eu tento não me abater, procurar alternativas, colocá-las em práticas e de repente BUUUM algo novo aparece e eu me vejo em um loop sem break. Não é normal. Quando você cai, o que você faz? Levanta! Só que não parece ser tão simples assim para mim. Eu aproveito que cai e deito de uma vez, rolo, durmo, brinco no chão mesmo e quando canso, levanto. Fica parecendo até que gosto mais de cair do que de levantar.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Calça Jeans

Descobri que o app do blogger para celular não funciona como deveria, fiz uma publicação ontem e ela não foi postada:
Hoje eu decidi voltar a usar calça jeans, apesar das meias de compressão! Não é a coisa mais linda de se ver, mas eu sempre gostei muito de usar calça no meu dia a dia. Não posso ser refém. 
Claro que aperta um pouco mais. Qual calça não faz isso? E qual calça também não esquenta? O que eu preciso saber é se eu aguento, se isso não vai me causar dor. Estou com meu stent deformado.

Ao chegar em casa e tirar a calça, me senti bem. Não percebi nada fora do normal! Só acabei sendo premiada com uma infecção urinária bem acentuada. Fui ao hospital hoje pela manhã. Não imagino que tenha sido culpa da calça, é claro, mas ela pode ter dado uma impulsionada.

Fiquei bem chateada, usar calça jeans para mim era como um "seguir em frente", mesmo com todos os acontecimentos. Agora estou novamente apreensiva, mas sou persistente!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Os dias mais perigosos da minha vida

06/11/2013


- Marília, venha almoçar! 

Minha mãe me chamou, feito todos os dias que eu estava me recuperando de uma cirurgia (septoplastia para drenar uma infecção, na minha face, que já estava calcificada além de uma plástica em minha única orelha de "abano", poucos a conhece - rsrs). Deitada na cama, com o computador ligado na TV, um teclado e um mouse sem fio a minha disposição. Só me levantava para ir ao banheiro, beber água e para comer, quando não recebia na cama (tratamento VIP rsrs). Mas naquele dia, ao levantar, eu não conseguia andar de tanta dor que eu sentia na minha perna esquerda.

Fiquei sem reação e não pensei em chamar ninguém para me ajudar. Só pensava que eu tinha sim que conseguir andar até a sala de jantar. Sentia-me culpada por ter dormido tanto, mesmo quando o meu pai já havia ido lá para avisar sobre o almoço. Comecei me apoiando na bicicleta ergométrica, depois na mesa de estudo, na porta do quarto e me deparei com a extensão da sala de estar e sem móveis próximos uns dos outros para me apoiar. E fui arrastando os pés bem devagar até chegar ao início da outra sala, me encostei na parede e me debrucei sobre o balcão e falei:

- Não estou conseguindo andar!

Sentei à mesa, almocei e voltei para o meu quarto. Bem devagar, mas não tanto quanto antes. Percebi que andar melhorava a dor. Meu pai veio em seguida, trazendo gelo para eu por na minha perna. E depois de um tempo, ao limpar a água que escorria da compressa, pensei: Caramba! Que coxão! Desde quando eu tenho uma coxa grande assim? (rsrs) E essa panturrilha? Ah... Ela sempre foi 1cm maior que a perna direita. Nossa, 1cm é tanto assim?

Minha mãe apareceu para saber como eu estava e eu a indaguei sobre a largura das minhas pernas, mas ela não percebeu nada. Falou que quando meu pai chegasse do trabalho iriamos ao hospital. Eu não tinha interesse de ir antes, tinha o último contrato da recepção do meu casamento religioso, para fechar durante o período da noite! E no dia 21 eu iria mudar para Manaus (onde meu noivo já estava há quase um ano), três dias depois do casamento civil, no dia 19.

A noite, eu percebi que a minha perna estava levemente mais escura. E mais uma vez, a minha mãe não percebeu nada! Uma amiga da minha irmã, que veio nos visitar, notou todas as diferenças sem eu falar nada a respeito. Mesmo assim, eu apenas fui ao hospital, após a assinatura do tal último contrato. Ele iria encerrar, por hora, o planejamento que eu começara em julho. Eu já havia sacrificado tantos finais de semana e saídas do trabalho no horário do almoço, para deixar tudo acertado antes da minha viagem que eu não via mal, em esperar um pouco mais para ir ao hospital. Que também, já estava sendo adiado, há dois dias.

Nesses dois dias, eu sai com meu primo Renan, para resolver coisas sobre o casamento e também para passear. Era ele quem dirigia, feito sempre, mas eu também não queria arriscar. Minha perna doía, como se fosse uma distensão e eu não me sentia segura para dirigir, apesar de ter andado bem mais nesses dias do que nos 12 ou 13 anteriores. Enquanto isso, meu noivo já insistia para que eu fosse ao hospital, mas eu nunca tive esse costume. Nem de tomar remédio para dor, tomo quando estou realmente nas "últimas".

E esses foram os dias mais perigosos da minha vida! Infelizmente, não valeram nada a pena. Para ser sincera, odeio lembrar deles. As lágrimas escorrem, a mão vai à testa, os olhos se apertam e a cabeça dói. Não tenho mais tanta resistência a hospitais, mas a inércia quanto aos remédios continua, tomo apenas o necessário. Minha mãe até hoje também se sente mal e culpada por não ter me levado logo ao hospital, de qualquer maneira.

* Mãe, eu sempre fui cabeça dura, não ia adiantar. Muito provavelmente eu demoraria todos esses dias para aceitar o seu pedido. O Vitri mandou eu ir várias vezes, com o Renan, de táxi, de qualquer jeito. E eu não fui.

** Desculpem-me pelos erros, não quero ler todo esse texto para poder corrigi-lo.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Coagulação do Sangue

Segue um vídeo bem legal que eu encontrei hoje sobre "Coagulação do Sangue".




Ele me fez ficar algumas dúvidas: é a plasmina que pode destruir uma fibrose? Como aumentar o fluxo de plasmina? E eu encontrei uma palavra, Nattokinase. Ainda não fiz nenhuma grande pesquisa sobre isso, quero apenas registrar, para depois retomar essa curiosidade.

Trombo... O quê?

06/11/2013


A moça da triagem me perguntou:
- Você já teve trombose? 

Respondi prontamente, mesmo sem saber o que era trombose e sem entender se aquilo era uma pergunta de rotina:

- Não.
- Olha, eu não vou te mandar para o ortopedista, como você deseja. Vou lhe encaminhar para o clínico geral. Ele vai te examinar e determinar se você deve ir ao ortopedista ou não. Tudo bem?

Nessa hora, eu tremi e concordei singelamente. Apesar da minha cabeça borbulhar. Como assim? Eu estou com uma distensão! Tudo bem que a minha perna inchou um pouco, mudou de cor, mas eu vi na internet que isso era possível acontecer em uma distensão (dependendo da internet, eu devia estar era com câncer na verdade, pobre garota ingênua). A dor era completamente igual a uma distensão e eu não tirei essa palavra de nenhuma pesquisa que fiz.

A moça colocou uma pulseira no meu pulso, não lembro a cor dela, mas me senti importante. E com pouco tempo eu já estava no consultório médico. E foi mais um daqueles momentos, onde o pouco tempo fica paralisado e parece infinito.

Minha perna doía muito quando eu andava, tanto que ela ia se arrastando e eu pensando, mas trombose? O que é trombose? Ah! Aquele ator da globo, da novela Favorita (Jackson Antunes), já teve. Minha mãe disse que é por isso que ele manca e inclusive, anda com muletas... Eu não quero mancar pelo resto da vida não!!! Bom, pelo menos a moça não perguntou nada sobre elefantíase (minha perna estava gigante, foi a única coisa que pensei fosse, fora a distensão), ufa... Certo, mas o que é trombose? É claro, que o google já estava preparado para a pesquisa, mas eu não conseguia entender nada. Eu só conseguia usar o whatsapp para contar ao meu noivo (hoje, esposo) o que estava acontecendo.

Hoje o que eu sei, é que trombose, é algo que não é legal! E também, não é tromba de porco! (rsrs) Não sou especialista no assunto e não sou formada na área de saúde. Tudo o que sei é partir do que aprendi na escola, do que alguns médicos me falaram e das pesquisas que fiz na internet, em sites, artigos científicos, livros, enfim. 


* O que é trombose, de uma forma bem simples, para leigos:

Trombose é uma redução de Trombose Venosa Profunda (TVP), que eu considero como uma condição. Não falo em trombose, como uma doença, por exemplo. O que ocorre é que o sangue presente nas veias simplesmente coagula (solidifica). Claro, que isso é mentira minha! Vezes sim, vezes não, existe uma razão conhecida para o sangue coagular dentro de uma veia, ele não "simplesmente coagula". Depois eu vou postar sobre isso (rsrs).

Acredito, que seja de conhecimento comum o fato de que a gordura pode se prender no interior de uma artéria e causar um entupimento. Eu sempre digo, que é o mesmo que acontece na trombose, mas não existe gordura, é apenas o sangue "enlouquecendo" e grudando na parede da veia. Geralmente, o entupimento de uma veia não é tão lento quanto o de uma artéria. O sangue já está presente em uma veia e a gordura precisa ser ingerida para ir à artéria. Quando o sangue começa a coagular dentro da veia, é como se ele causasse um engarrafamento (metáfora bastante utilizada nesse caso).

Imagine que a veia, seja uma rua de mão única, onde está acontecendo uma festa e os convidados estacionaram em fila dupla, um outro folgado resolveu parar o carro para conversar com um amigo, ocorreu uma colisão, tem um caminhão sendo descarregado ou um carro parou de funcionar. Existindo um fluxo constante de carros, em todas essa situações, a rua ficará engarrafada. E esse engarrafamento poderá afetar outras ruas! 

O fluxo constante que existe nas veias, é do sangue, se algumas células presentes nele coagulam ocorrerá um engarrafamento. O sangue irá se acumular, a veia ficará inflamada e o membro ou região afetada, provavelmente irá doer, inchar e mudar de cor (ficando avermelhada/arrocheada, é visível a olho nu). O engarrafamento ficando apenas na rua de um bairro é caracterizado como uma tromboflebite, atinge veias mais finas, superficiais, que estão próximas a pele (dizem que dá para sentir, através da pele, a veia endurecida). Agora, se ele ocorre ou chega até uma avenida principal, veias mais grossas, que são mais internas, tem-se a trombose.  

Uma trombose não tratada trás consigo risco de vida. Fugindo da metáfora do engarrafamento, quando um carro consegue sair dele, ele continua sendo um carro. Já o sangue uma vez coagulado, não consegue assumir as suas características iniciais, ele se agrupa. É como se virasse uma "só coisa", mas que pode "se quebrar" e virar algo chamado de êmbolo. Esse êmbolo, consegue sair do engarrafamento e por estar em uma avenida principal ele é levado direto para o pulmão.

O pulmão é como uma igreja de uma cidade do interior, onde as vias principais lhe levaram a ela, ou seja, todo o fluxo das veias acaba nele e ele está sempre de portas abertas! O problema é que dentro do pulmão, digamos que há também, ruas e vielas, que não são largas o suficiente para suportar a passagem desse êmbolo proveniente de uma avenida. Ocorrendo a embolia pulmonar. Se o êmbolo fica preso nas ruas ou vielas do pulmão, há uma chance para a vida, mas se por algum motivo, esse êmbolo fica preso na entrada do pulmão, a morte é súbita (pei e puff). As veias não são retas como canos de PVC, elas são realmente como vias de uma cidade, onde as vielas, ruas e avenidas são diferentes umas das outras, tortuosas e podem possuir estreitamentos.

Outros problemas ocasionados por uma trombose não tratada é o aparecimento de varizes (que pode aparecer mesmo após tratamento), edema crônico, eczemas e úlceras venosas, que podem levar a perda do membro afetado.

Calma!!! Ninguém precisa ficar apavorado, eu ainda não morri (se é que esse blog não é psicografado) e não perdi minha perna. Praticamente não tenho varizes e já passei por muita coisa, que ainda vou relatar. Ou seja, estou longe disso tudo (rsrs).

quinta-feira, 3 de março de 2016

Quando decidi escrever

Meu amigo Hitek falou: "tu devia escrever um livro ou montar um blog". E eu disse que faria isso quando descobrisse o que eu tenho!

Agora você está pensando, "que legal, ela descobriu!", não mesmo. Só resolvi deixar a preguiça de lado e pensei que seria bom criar um blog para manter um registro e copiar/colar um link quando alguém quisesse saber a respeito. 

Vou logo avisando, que eu não sou tão boa em escrever histórias e posso ser tão chata quanto Machado de Assis ao descrever tudo, mas para o meu objetivo de manter um registro, isso é bom! E pensando bem, estou avisando isso a quem? Nem consigo imaginar alguém lendo sobre algo tão enfadonho, mesmo que esteja em situação semelhante a minha.

De toda forma, a você que está disposto a acompanhar este blog, boa sorte! Algo que eu não tenho... (kkk tô brincando, calma mãe, está tudo bem!)